domingo, 6 de abril de 2014

afasia

quanto será espalhado o muito faminto das minhas mãos
que dor sufocar por ser tão meu mole maciço maior
quanta força terá a consciência magnética da posse
a côr do medo tendo mais brilho que o tamanho
quanta fome me separa da pele elástica de merecer
as coisas pequeninas as coisas gigantes melhoradas ao esplendor
quanta ânsia me falta para ficar com um buraco no pescoço e sem boca acima do queixo
as circunstâncias futuras arranjadas em forma de abanico mas tão longe
que parte de mim é o fôlego quando desejo um lanche de infinito
vejo as linhas das minhas mãos espalhadas a unir as constelações de nomes bonitos
quanto sangue quanto sal é preciso para alimentar o norte que não me quer
os sabores dos meus sangues todos na vertingem dos caudais lá da serra
qual mar, qual terra enfraquecida, que céu nervoso é que anda doido para me beijar?   

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