terça-feira, 27 de maio de 2014

técnica dos potenciais evocados

a primeira coisa que sentiu foi um osso. existindo tão flagrante nunca o sentiria. talvez se tenha distraído. desatenta no momento de ver e de sentir era aquilo tudo pesadamente. a gravidade da primeira sensação ali. toda num dente. pensar nisto confirmava a importância que isto tem. escrever isto superava a açucarada importância que só têm as coisas que explodem. rir. chorar. desatar aos gritos. os únicos moldes de ser são por sacadas rápidas. estuda-se o tempo que é a derradeira variável. a coisa única que potencia o dizer útil. a coisa única que potencia o dizer inútil. a coisa única que faz útil e inúil o útil e o inútil coexistir. 

a verdade só pode estar na dor

e só pode ter a dor

se a dor tiver mais dor que a dor

a dor não se fica mais por dor

a dor não se faz mais de dor

a dor fica por fita 

feita de fita

para deixar de pensar nisto há que mexer na cara. a cara é onde se vê a dor. a cara manda mais na dor do a própria dor. é a cara que deve explodir e retomar. é a cara que mais se mexe. foi para isso que GAU fez a cara. conhece a cara evita a fita. encara cara feita padrão de milissegundos bem abocanhados e bem saltitados por honorosa e digna e carassensação.

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