quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Pode não

Eles não descansarão enquanto não nos destruírem completamente. Vão cansar-te como se cansa um cão.  Quando tu te cansares e dormires vão sussurrar-te que não pensas como achas que pensas. Pode pouco ou nada o homem contra isto. Como todo o homem morre dorme todo o homem. É uma consequência de dispersar por aí. É esse barco que te vão roubar. O teu aí jaz camarada e tu não sabes nem onde o velar. Eu também não sei. Nem já eles se lembram. Prometo-te amor, eu prometo que nada disso é preciso. No fim todos vamos querer aproveitar a vida. E também tu vais acreditar que queres aproveitar a vida. Pedro perdia a mulher enquanto o queixo dela lhe caía aos pés. Ele estava a reparar no quanto chovia. Ela levantou-se. Mas foi só isso que fez.

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